segunda-feira, 4 de julho de 2011

Seoul – Korea – 30/06/2011

Tem coisas que fazemos na nossa vida que são guiadas pelo nosso coração, e não adianta, pode a tal da razão estar ali martelando: “- tu corre sério risco de te arrepender por isso”, que se aquilo for o certo, naquele momento, o coração vai gritar mais alto e vamos acabar ouvindo ele... até porque ele costuma ter um argumento, que na minha opinião, acaba ganhando de todos os outros: “corre o risco de te arrepender? Pois prefiro me arrepender das coisas que fiz, do que passar o resto da vida me perguntando – e se...?”

Quando decidi ir passar o aniversário do Ed com ele em Seoul, várias coisas estavam complicando para eu não ir, e o mais fácil teria sido eu desistir mesmo, acontece que o tal do coração estava berrando no meu ouvido, e acabei ultrapassando as barreiras necessárias e fui!


E agora posso dizer que valeu muito a pena, o Ed é uma pessoa maravilhosa e mercia esse esforço. Além disso, consegui fazer contato com uma universidade de lá. Visitei o campus, conheci uma doutoranda, formada em Engenharia Ambiental que trabalha numa pesquisa sobre ciclo de vida e pegada de carbono de diversos objetos. Ela também me falou que existe a possobilidade de eu conseguir bolsa para estudar por lá caso tenha vontade, tanto para cursar um semestre como intercambista de graduação, como para voltar depois de formada e fazer um mestrado. Se uma das duas coisas vai acontecer mesmo, eu ainda não tenho como saber, mas foi interessante abrir essas portas.

Ter estado na Coreia me surpreendeu em muitos aspectos! Eu não imaginava que eles fossem tão “evoluídos”. Logo que cheguei em Seoul, peguei um ônibus até o centro da cidade, mas tive um pouco de dificuldade de me encontrar com o Ed, não sabia dizer pra ele direito onde eu estava. Eu dizia: “estou no café Bene, na frente de um Seven Eleven, ao lado de uma loja de carros”. Ingênua! Mal sabia eu que tem um estabelecimento desses em cada quadra de Seoul. Mas no fim nos achamos. O que quero contar dessa história, é a atenção que as pessoas me deram na rua, a gentileza, educação, sem contar que quase todos falavam inglês. O porteiro que não falava, tinha um iPad e acessou o google translator pra se comunicar comigo, porque a cidade inteira tem acesso à internet de graça, e me ajudou na maior boa vontade.

Pra completar, chego no apartamento de modelos e me deparo com 5 lixeiras, lata, plástico, plástico soft, papel, e resíduo orgânico. Eu nunca tinha visto nem separação de recicláveis e orgânicos em apartamentos de modelo, o que dirá essa coleta minuciosa. Seria redundante dizer que fiquei maravilhada!

Me apaixonei pela cidade, me lembrou muito Tóquio. Ruas pequenas, limpas e estreitas, barzinhos por tudo que é canto, lojinhas fofas, muitos estabelecimentos no subsolo, pessoas bem vestidas, limpas, banheiros limpos (ok, acho que estou com um certo trauma da China para usar tantas vezes o adjetivo “limpo”), metrô ótimo, rápido, eficiênte, limpo (hehe), cheio de maquininhas de café, biscoitos, chocolates. Além disso, tem um café em cada esquina, dos mais charmosos possíveis, mais do que Paris até! O ambiente é totalmente urbando, com poucas árvores e verde, mas apesar disso, é, de alguma forma, muito aconchegante e acolhedor.


Bom, já ficou claro que adorei Seoul certo? Se eu tiver que voltar pra lá não vai ser nenhum esforço, mas pra isso acontecer vou ter que arranjar um financiamento, porque apesar de todos os benefícios, a cidade tem um custo de vida alto. Ainda mais estando eu mal acontumada com a China, onde parece que o dinheiro estica...
Tirei poucas fotos porque choveu a maior parte do tempo que estive lá, mas pra não perder o costume, fotografei umas criancinhas. Que por sinal são fortes concorrentes em matéria de fofura com os mini chinezinhos.




Vou ficando por aqui! Abraços!

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